quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Um texto a ser esquecido

Se tem uma coisa que me dá mais prazer do que escrever, é voltar a ler as coisas que eu já nem lembrava de ter escrito. O gênero pouco importa, é completamente narcisista o que eu vou dizer, mas eu sou meu autor favorito, desculpem-me a sinceridade. Não, não é que eu escreva melhor que um García Marquez, eu jamais blasfemaria de tal forma, não tem a ver com ser melhor, tem a ver com semelhança de pensamento.

Eu raramente esqueço de algo que li, mas em compensação tudo que escrevo some da minha memória com o tempo, e eu acho isso fantástico. É que graças ao esquecimento, acontece de eu sem esperar, encontrar um texto com o qual eu me identifico tanto, tanto... Eu adoro as idéias, mesmo que eu já tenha mudado delas, gosto dos argumentos, do estilo, da linguagem. Não sei, acho que não vou conseguir explicar a sensação e ainda vou causar antipatia falando disso, melhor mudar de assunto, ou encerrar de vez a conversa.

Perdoem me a pieguice e a divagação, deve ter sido o tempo sem escrever aqui.

Espero não topar com esse texto por acaso, qualquer dia, está horrível, vai ser uma decepção.

Reconciliação

Olá, querido diário, há quanto tempo!

Como foi o seu ano de 2009?

Estou ansioso para ler o que tiver para me contar. Não me deixe mais com tantas saudades, espero que voltemos a nos ver com frequência.

Abraços.

O seu autor sumido.