quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Um brinde às pessoas vazias

Estou cansado. Sobretudo de farsas e das pessoas vazias.
Cansado das farsas das pessoas que se agarram a valores que não têm, ou que se desprendem dos valores que dizem ter.
Estou cansado de ser ajudado em coisas que só se devia conseguir por mérito.
Cansado do teatro. Das máscaras que usamos com a família, os amigos, e a pior de todas: a que usamos conosco.
Estou cansado do medo, das coisas mornas e sem risco. Como sexo com preservativos, o capacete atrapalhando o vento em meus cabelos, dos manuais de instrução.
Cansado de felicidade, simpatia e outras coisas vazias.
Estou cansado dos ritos, das conveniências, e de escolher as palavras.
Eu quero ser cru. Eu quero gritar. E quero ser mau, se for isso o que me preenche.

Neste instante, o que me preenche é desprezo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Do charme insuperável de escrever

As mulheres não sabem vestir-se.
Vestem se elas com as mais variadas possibilidades de indumentos pelo corpo. Com pouca ou muita roupa, com cores vivas ou sóbrias, com diferentes estilos enfim.
Estabelecem as mulheres as mais duras regras, que roupa engorda, emagrece, evidencia ou disfarça certa parte do corpo. Que corte de cabelo para cada rosto, que maquiagem para cada tom de pele e ocasião.
A estética é tão importante às mulheres que estabelecem-se severas convenções socias inclusive sobre o que se pode, o que não se pode e o que se deve obrigatoriamente dizer a uma mulher. Lições obrigatórias ao universo masculino.
Não compreendem as mulheres a verdadeira beleza. E esperam que os homens compreendam. E inconformam-se com as atitudes masculinas.
Ora, não compra coisas caras pensando em valor sentimental. Não se busca a beleza estética priorizando beleza interior.
Beleza não é pecado, mas não é o mais importante. Compreender a beleza da imperfeição, da singeleza, a beleza do amor ideal, do riso, do silêncio, do frio e não deixar transparecer é erro fatal.
Lindas mulheres sabem escrever. Sabem olhar, sorrir, sabem vestir-se por fora e por dentro.
Lindas mulheres enfeitam a alma.