[Hello, darling!
I want to play a game:]
Já que você não cresceu
E de tão ruim
Não vale um poema
Da sociedade dos poetas por vir
Mesmo esse poema ordinário [que é ruim só pra te torturar]
Eu deixo aqui
E espero que você leia
Sabendo que não é seu
Vou dedicar para o motorista de ônibus
Que passou na poça
E me molhou quando eu ia pro trabalho
E me lembrou
Que estar na lama é melhor do que na fossa
De onde eu fui te tirar e caí.
Os textos dessa página são obra de coincidência, qualquer semelhança com a ficção é mera realidade.
domingo, 23 de outubro de 2011
domingo, 9 de outubro de 2011
Onde queres poema
Meu texto é concreto
Barulho de ventilador
Riso de funcionário
Travesseiro no chão
Te dão buquês de palavras
Pessoas de mais
Bonitas, bonitos
Bem mais do que eu
Ou se queres conforto
Te oferecem abraços, abrigo.
Safados, sofridos
Vendados, vendidos
Doados, doídos
Corações de mais...
Cantem nos festivais!
Dêem queixa ao bispo
Que impensado, impreciso
Debochado e narciso
Seu poema sou eu
Barulho de ventilador
Riso de funcionário
Travesseiro no chão
Te dão buquês de palavras
Pessoas de mais
Bonitas, bonitos
Bem mais do que eu
Ou se queres conforto
Te oferecem abraços, abrigo.
Safados, sofridos
Vendados, vendidos
Doados, doídos
Corações de mais...
Cantem nos festivais!
Dêem queixa ao bispo
Que impensado, impreciso
Debochado e narciso
Seu poema sou eu
Silence
O amor
É mais bonito em francês
Com sotaque pernambucano
Depois de olhar o silêncio
Dos olhos que estão falando.
É mais bonito em francês
Com sotaque pernambucano
Depois de olhar o silêncio
Dos olhos que estão falando.
Fidelidade
Por causa do sexo
E das coisas que eu sinto
Eu devo dizer
Já que não minto
Que a mente é suja
Mas o coração
Conservo limpo.
E das coisas que eu sinto
Eu devo dizer
Já que não minto
Que a mente é suja
Mas o coração
Conservo limpo.
Sem palavra e com sabor
Numa cerveja com amendoim japonês
Ou com um recado pregado na parede
Dividindo um pote de sorvete
Fazendo o café para eu acordar
Ela tem ciúmes do poema
Que tira meus olhos dela
Sem saber que é nessa tela
Que eu penduro o meu amor.
Ou com um recado pregado na parede
Dividindo um pote de sorvete
Fazendo o café para eu acordar
Ela tem ciúmes do poema
Que tira meus olhos dela
Sem saber que é nessa tela
Que eu penduro o meu amor.
Ode
Sempre se acha que sabe amar
Que o seu amor é maior
E que mais vasto é o seu coração
Mas é muito menor.
Se não sou imortal
Que dizer do amor (que tive)?
Que não seja uma chama
Posto que queima
Mas que seja um sorvete
Enquanto dure.
Que o seu amor é maior
E que mais vasto é o seu coração
Mas é muito menor.
Se não sou imortal
Que dizer do amor (que tive)?
Que não seja uma chama
Posto que queima
Mas que seja um sorvete
Enquanto dure.
Uns versos
Ei, menina.
Presta atenção
Este poeta
Alma e desejo
De peito aberto
Em explosão
Não quer nada
No teu cinema
Nem o teu filme
O teu roteiro
Nem quer ser
Teu paradeiro
Só quer agora
A tua mão.
Presta atenção
Este poeta
Alma e desejo
De peito aberto
Em explosão
Não quer nada
No teu cinema
Nem o teu filme
O teu roteiro
Nem quer ser
Teu paradeiro
Só quer agora
A tua mão.
A tempestade
Olha, se você quiser o mar
Eu te dou a fúria
Só não me peça o rio insosso
A lentidão
Posso ser o teu incômodo da madrugada
Tua disritmia
Tua mania
O teu "por que não?"
Eu te dou a fúria
Só não me peça o rio insosso
A lentidão
Posso ser o teu incômodo da madrugada
Tua disritmia
Tua mania
O teu "por que não?"
Confissão
Ou se falando de sorte
Eu te falasse de amor
Eu não seria poeta
O fingidor
Que finge que esquece
Que finge que sente
Que sabe que aquece
Aquela idéia dormente.
Eu te falasse de amor
Eu não seria poeta
O fingidor
Que finge que esquece
Que finge que sente
Que sabe que aquece
Aquela idéia dormente.
Transparência
Eu tenho a alma para fora do corpo
E o que isso acarreta:
São mais visíveis meus sentimentos
São mais intensos meus sofrimentos.
Eu tenho a alma para fora do corpo
E a mantenho lavada.
Um privilégio, afinal,
Tenho a matéria guardada
Escondida no que não é mortal.
E o que isso acarreta:
São mais visíveis meus sentimentos
São mais intensos meus sofrimentos.
Eu tenho a alma para fora do corpo
E a mantenho lavada.
Um privilégio, afinal,
Tenho a matéria guardada
Escondida no que não é mortal.
Nada no bolso ou nas mãos
Eu sou
Aquele poema de outro dia
Eu era
Aquela palavra vazia
Eu vou
Interrogação.
Aquele poema de outro dia
Eu era
Aquela palavra vazia
Eu vou
Interrogação.
O homem que não tinha palavra nem tostão no bolso
Poeta não tira férias
Nem se aposenta
Mas, às vezes
Inexplicavelmente
As idéias se vão
E o pó, senta.
Nem se aposenta
Mas, às vezes
Inexplicavelmente
As idéias se vão
E o pó, senta.
Um poema errado pra ninguém querer comprar
Nesse imundo
De um tudo se vende
Todas as coisas inúteis
Sem as quais não dá pra viver.
De inútil
Eu só ainda não vi vender
Esses tais pensamentos
Fabricados no meu quengo.
De um tudo se vende
Todas as coisas inúteis
Sem as quais não dá pra viver.
De inútil
Eu só ainda não vi vender
Esses tais pensamentos
Fabricados no meu quengo.
O advogado do diabo
Mesmo faltando
Estética, sentido, métrica
Beleza, importância, ritmo
Sonoridade, tamanho, rima
Ordem, conteúdo, estilo...
Indiferentes à lista de crimes
Meus versos continuam livres.
Estética, sentido, métrica
Beleza, importância, ritmo
Sonoridade, tamanho, rima
Ordem, conteúdo, estilo...
Indiferentes à lista de crimes
Meus versos continuam livres.
One more cup of coffe for i go
Um gole quente e preto
Na noite que choveu
Me mostra que por dentro o gelado
Sou eu.
Na noite que choveu
Me mostra que por dentro o gelado
Sou eu.
Conspiração
Desde que a lua é vazia
Desde que o sol nasce de dia
E à tarde a lua é amarela
Desde que a Terra é singela
E a terra molhada é cheirosa
Desde que a pétala é rosa
Desde que a luz é brilhante
Desde que o escuro é cortante
E o céu estrelado é bonito
Desde que Deus é infinito
Desde que o tempo é pra frente
Desde que o morto é dormente
Desde que o corpo é pecado
Desde que o mar é salgado
Desde que a vida é dureza
Desde que a morte é certeza
Desde que a vida é o contrário
Desde que o mundo é o cenário
Desde o fim que não sabemos
E do começo até menos
Que tudo foi calculado
Medido e bem desenhado
Pra que, num dia nublado
Estando eu do seu lado
E o mundo todo parado
Me desse um medo danado
Meu sangue acelerado
E o corpo todo gelado
Mas mesmo assim, eu calado
Tivesse enfim te beijado.
Desde que o sol nasce de dia
E à tarde a lua é amarela
Desde que a Terra é singela
E a terra molhada é cheirosa
Desde que a pétala é rosa
Desde que a luz é brilhante
Desde que o escuro é cortante
E o céu estrelado é bonito
Desde que Deus é infinito
Desde que o tempo é pra frente
Desde que o morto é dormente
Desde que o corpo é pecado
Desde que o mar é salgado
Desde que a vida é dureza
Desde que a morte é certeza
Desde que a vida é o contrário
Desde que o mundo é o cenário
Desde o fim que não sabemos
E do começo até menos
Que tudo foi calculado
Medido e bem desenhado
Pra que, num dia nublado
Estando eu do seu lado
E o mundo todo parado
Me desse um medo danado
Meu sangue acelerado
E o corpo todo gelado
Mas mesmo assim, eu calado
Tivesse enfim te beijado.
Pra não precisar de poema ou canção
Eu te digo no escuro
De mãos apertadas
De rosto colado
De coração tranquilo
De bico calado.
De mãos apertadas
De rosto colado
De coração tranquilo
De bico calado.
Cotidiano
Os ônibus vão cheios de pessoas
As pessoas vão cheias
Dos ônibus cheios
Do café da manhã sem recheio
Cheias de sonhos
Cheias de sono
De saco cheio.
As pessoas vão cheias
Dos ônibus cheios
Do café da manhã sem recheio
Cheias de sonhos
Cheias de sono
De saco cheio.
Labirinto de concreto
on otniribal sad sarvalap, idrep suem sosrev
on otniribal das sarvalap, idrep suem sosrev
no otniribal das sarvalap, idrep suem sosrev
no otniribal das sarvalap, idrep meus sosrev
no otniribal das sarvalap, perdi meus sosrev
no otniribal das palavras, perdi meus sosrev
no labirinto das palavras, perdi meus sosrev
no labirinto das palavras, perdi meus versos
depois achei.
on otniribal das sarvalap, idrep suem sosrev
no otniribal das sarvalap, idrep suem sosrev
no otniribal das sarvalap, idrep meus sosrev
no otniribal das sarvalap, perdi meus sosrev
no otniribal das palavras, perdi meus sosrev
no labirinto das palavras, perdi meus sosrev
no labirinto das palavras, perdi meus versos
depois achei.
Das coisas que a felicidade pode ser
As que eu mais gosto:
Do cheiro doce e morno do beijo
Dos níveis de testosterona baixos e calmos
Da saudade que se sente quando se está do lado
De cada abraço dado como o último
De pensar ao mesmo tempo, e falar primeiro
Da vontade de chover sem parar
De chocolate com saliva
De acordar abraçado
Dos “eu te amos” e “eu tambéms”
Da lista de filmes sem fim
De ter sempre outros dedos na mão
De você.
As que eu mais gosto:
Do cheiro doce e morno do beijo
Dos níveis de testosterona baixos e calmos
Da saudade que se sente quando se está do lado
De cada abraço dado como o último
De pensar ao mesmo tempo, e falar primeiro
Da vontade de chover sem parar
De chocolate com saliva
De acordar abraçado
Dos “eu te amos” e “eu tambéms”
Da lista de filmes sem fim
De ter sempre outros dedos na mão
De você.
Arte conceitual
ononononnonononononono
nonoononononononononono
ooonooonononononononn
nonononon
nonoonononnon, ononon
onnonono.
Na falta de objetivo, um refúgio.
nonoononononononononono
ooonooonononononononn
nonononon
nonoonononnon, ononon
onnonono.
Na falta de objetivo, um refúgio.
Suave coisa nenhuma
O que pesa mais
Um grama de algodão
Um chumbinho de espingarda
Ou a minha opinião?
Um grama de algodão
Um chumbinho de espingarda
Ou a minha opinião?
sábado, 1 de outubro de 2011
Currículo sentimental
Éverton Diego S. R. Santos
Objetivos: Espantar a solidão, aquecer as costelas, sorrir, ser (ter) um abrigo.
Formação: Cuidador de casa, cozinheiro, massagista (especialidade nos pés e costas), lavador de carros, ouvinte, levantador de autoestima, palhaço, poeta, compositor.
Formação complementar: Especialização em dizer coisas bonitas em português, francês e inglês. Mestrado em humor refinado anti-tédio. Doutorado em carinho. Pós-doutorado em uma coisa que não convém dizer, mas todas querem saber.
Experiência: Esse corpo humano é reciclável, amando fica mais amável.
Informações adicionais: Pretenção salarial modesta e negociável.
Contato: Comenta aí no blog, ora.
P.s.: Currículo é mesmo autopropaganda, paciência.
Objetivos: Espantar a solidão, aquecer as costelas, sorrir, ser (ter) um abrigo.
Formação: Cuidador de casa, cozinheiro, massagista (especialidade nos pés e costas), lavador de carros, ouvinte, levantador de autoestima, palhaço, poeta, compositor.
Formação complementar: Especialização em dizer coisas bonitas em português, francês e inglês. Mestrado em humor refinado anti-tédio. Doutorado em carinho. Pós-doutorado em uma coisa que não convém dizer, mas todas querem saber.
Experiência: Esse corpo humano é reciclável, amando fica mais amável.
Informações adicionais: Pretenção salarial modesta e negociável.
Contato: Comenta aí no blog, ora.
P.s.: Currículo é mesmo autopropaganda, paciência.
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