Meu texto é concreto
Barulho de ventilador
Riso de funcionário
Travesseiro no chão
Te dão buquês de palavras
Pessoas de mais
Bonitas, bonitos
Bem mais do que eu
Ou se queres conforto
Te oferecem abraços, abrigo.
Safados, sofridos
Vendados, vendidos
Doados, doídos
Corações de mais...
Cantem nos festivais!
Dêem queixa ao bispo
Que impensado, impreciso
Debochado e narciso
Seu poema sou eu
Um comentário:
Só para mencionar que gostei muito do último verso. O poema inteiro segue com muita técnica e joga tudo para o alto na última linha.
Bem construído, bem destruído.
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