segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Faltando um pedaço

Eu tentei: Chico, Neruda, Drummond, Vinícius, Aurélio, Caetano, Pessoa, Gil, Camões, Marquez, Arnaldo, Djavan, São Paulo, Rossi, Baleiro, Odair... Tentei nas comédias românticas de Hollywood, nos muros pichados, nas citações anônimas que assinam como Caio, Clarice ou Jabor. Nos videos publicitários do 12 de junho, no horóscopo da internet, até prestei atenção ao mais novo hit sertanejo universitário que tocou no ônibus.
O amor não é isso.

O amor não é coisa alguma até doer. O amor não é nada se não for abismo. O amor não é palavra, embora precise ser dito. O amor não é sublime. O amor não é recado deixado na parede do banheiro. O amor não é porta retrato com vidro pra quebrar em caso de saudade. O amor não é um sms de madrugada. O amor não é, em si mesmo.
Amor é mais.

Farelos de pão e o café que sobrou na cafeteira se parecem mais com amor.
O amor são coisas que eu não sei dizer.

3 comentários:

Luciana Rodrigues disse...

Adorei!! Parece na medida certa! Quanta inspiração!

iuli disse...

Nem eu.

iuli disse...

E 'o amor talvez seja uma coisa que até nem sei se precisa ser dita.'