terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Sabina

Sabina usa chapéu, gosta da nudez e
de espelhos.
Entrega-se sem se deixar pertencer
                                  Ama
Tão simplesmente
Sabina gosta de gente
- detesta as pessoas -
Pois sabe que o mundo padece

Sabina acredita, tem medo e desejo
Nua, chapéu, pêlos e olhos de dúvida
[que ela provoca]
Sabina mantém a exata medida
Do acessível
E da insustentável leveza
Do intangível.

Sabina é espelho
Do humano que sou e que sonho
De chapéu e nu
A alma virgem
O corpo maculado
É Sabina
O meu amor
[que não existe]
Caralho!

3 comentários:

Flávia disse...

Lindo.

iuli disse...

Muito bom.
[pra variar]

lellapradow disse...

Sabina: uma das minhas personagens favoritas de toda a literatura (e cinema também!)